O assunto do momento
é o fim do mundo. Exceto para alguns supersticiosos, o tom é de piada,
afinal, quem consegue realmente acreditar que em 1 mês tudo estará acabado?!
Mas... E se realmente acabasse???
As dicas para “bem viver” os
últimos dias de vida terrena são amplamente compartilhadas nas redes sociais:
pagar à vista pra quê?! O bom mesmo é comprar em eternas prestações...
Irresponsabilidade a longo prazo é a dica, desonestidade em porções diárias...
E há quem siga a sugestão a risca! Vá que o mundo acabe mesmo...
Outros falam em “curtir”, isto
é, aproveitar o limitado tempo restante. O intrigante é que esse “aproveitar” está
sempre relacionado à quebra de barreiras, de regras e de tabus. Ou seja, um pai
que gaste seu último mês de vida levando os filhos ao parquinho para brincar não
está aproveitando coisa nenhuma, porém se ele arrumasse uma aventura
extra-conjugal receberia muitos aplausos pela ousadia, estaria “curtindo” seus
últimos dias... Imagine se eu dissesse que o referido pai acordou todos os
domingos às 7h da manhã para levar a família à igreja! Que absurdo...
Por esses e outros motivos, não
gosto da palavra curtir. Ela transmite a
ideia de efemeridade e eu, particularmente, busco o duradouro. Não acredito que
em um único mês se poderia consertar uma vida inteira de escolhas
inconsequentes, mas certamente seria o bastante para jogar fora a credibilidade
conquistada ao longo de muitos anos.
Estar preparado para o fim do
mundo, em minha opinião, não significa ter vivido loucamente ou com a máxima
intensidade cada momento e sim tê-los vivido conscientemente. De que adianta a
intensidade em algo destrutivo como as drogas, por exemplo? Será essa uma vida
que valeu a pena e que não deixará remorsos? O rei que me perdoe, mas ter um
sono tranqüilo à noite é muito mais útil na prática do que gritar aos quatro
ventos “o importante é que emoções eu vivi”!
Se o mundo realmente acabasse
em 21 de dezembro de 2012, eu gostaria de carregar na memória múltiplos
momentos que passei na companhia de meus filhos, de familiares e de amigos queridos;
Não lamentaria não ter viajado nas
românticas gôndolas de Veneza ou ter saltado de paraquedas como algum dia
desejei: não foram minhas prioridades! Nem sofreria amargamente por não ter
desfilado em um carro preto brilhoso ou
ter vivido em uma mansão com 300 aposentos. Que me importaria isso no dia
derradeiro?!
Para falar a verdade, vivo a
vida ciente de que o fim do mundo pode vir a qualquer momento – quem sabe ainda
antes do dia 21 de dezembro! Refiro-me ao fim do meu mundo, seja ele
interrompido pela morte ou por alguma tragédia de proporção incalculável. Não
que eu esteja esperando por terríveis acontecimentos desse tipo, mas se vierem
quero ter a paz de quem realmente viveu e não simplesmente existiu.
Por fim, lembro aos terráqueos
que a segunda vinda de Jesus Cristo é uma profecia escriturística, e não é
preciso sequer ser cristão para comparar os sinais do fim dos tempos, conforme
registrados na Bíblia, com o que vemos em nossa atualidade: há, no mínimo, uma
grande coincidência! A verdade está diante de nossos olhos, não vê quem não
quer. Os sinais do nascimento de Jesus Cristo também foram questionados, bem
como os de sua ressurreição... Mas isso não alterou os fatos.
Ele virá, não tenho dúvidas, e será “como o ladrão na noite”, ou seja, sem alarde e sem data marcada. Portanto, que venha o dia 21 e, no seu devido tempo, o apocalipse – terrível para uns, maravilhoso para outros. A escolha do adjetivo para esse dia fica a critério de cada um.
Ele virá, não tenho dúvidas, e será “como o ladrão na noite”, ou seja, sem alarde e sem data marcada. Portanto, que venha o dia 21 e, no seu devido tempo, o apocalipse – terrível para uns, maravilhoso para outros. A escolha do adjetivo para esse dia fica a critério de cada um.
Suzy Rhoden