sábado, 20 de julho de 2013

Para Uma Amiga Distante


Faz tempo que não a vejo.
Mas não é só o tempo que nos separa: da última vez que a vi, já estávamos distantes. E o mais paradoxal de tudo isso  é que, depois de adultas, voltamos a residir na mesma cidade... Eu, para estudar; ela, porque se casou e fixou residência no local. Nenhuma procurou a outra. Como se não houvesse uma infância em comum entre nós.
Fomos colegas desde os 6 anos, naquela escolinha do interior sobre a qual já falei em outras crônicas. Tínhamos a mesma idade, com apenas 13 dias de diferença. Eu era mais velha, coisa que ninguém acreditava: ela tinha o dobro de mim em altura e porte físico. Porém, no perfil psicológico, éramos almas idênticas.
Apaixonadas pela leitura, começamos cedo na vida uma disputa sadia: quem lia mais em menos tempo. Confesso que ela era adversária imbatível, não apenas lia, devorava! Eu, embora lesse muito, sentia a necessidade de ‘viajar’ nas obras que me caiam nas mãos, e toda viagem requer tempo... Pior pra mim, tinha que aguentar a detestável declaração: que livro você tirou hoje? Esse aí? Já li, é muito bom! Aiii, que vontade de voltar lá na biblioteca e trocar o livro!!! Não tinha pior humilhação... E, dessa maneira, ela foi o melhor incentivo de todos os tempos para a leitora que hoje sou.
Não tínhamos apenas a leitura em comum. Música, cinema, televisão, política, de tudo isso entendíamos um pouco. Se isso é o que se espera de crianças de 11, 12 anos, não era assim lá no interior: o normal  era badalar no único clube da vila, aos domingos, para ver o time da comunidade jogar. Todas as meninas normais estavam lá, menos nós. O que, naturalmente, nos colocou na classificação de estranhas, diferentes e anormais.
Preocupada com nossa atitude singular, uma professora chegou a chamar nossas mães para conversar. Disse que éramos ‘intelectualizadas’ demais para a idade e para o meio, sugeriu atendimento psicológico. Rimos tanto do episódio! Afinal, estávamos sendo criadas para sermos esposas de fazendeiros locais, não precisávamos entender de nada além daquele mundinho minúsculo e fútil sob alguns aspectos – refiro-me às badalações do fim de semana, embora compreenda que era a única fonte de diversão disponível para as meninas da comunidade.
Não aceitamos o condicionamento ao meio, e felizmente tivemos pais para nos apoiar. Desde as coisas mais simples, como os trabalhos da escola, fazíamos sempre do nosso jeito personalizado. Lembro-me, por exemplo, das apresentações de Literatura: enquanto outros grupos liam ou falavam sobre suas obras, transformávamos o enredo em música e cantávamos para a classe! Até hoje canto “A Moreninha” ao som de Peace, de Jimmy Cliff. Estávamos sempre em busca de outras formas de expressão, ampliávamos nossas possibilidades de comunicação, e isso preencheu-me de amor pelos estudos.
Uma de nossas atividades favoritas era a paródia: passávamos o recreio criando letras para músicas conhecidas, maioria delas criticando o sistema. Na época do ‘Fora Collor’, éramos pequenas para sair ruas afora pintadas de verde-amarelo, mas lembro vividamente de termos escrito Olha, Collor!, numa paródia da música Olha, Amor!, de Gian e Giovani.
Fazíamos tanto sucesso com nossas paródias, que certa vez inventamos uma letra e saímos cantando pelos corredores da escola, dizendo ser o último lançamento do grupo Polegar. Em breve, o refrão de nossa música  era cantado em coro, despertando até mesmo a curiosidade dos professores em relação ao hit do momento. O mais engraçado foi ouvir comentários do tipo: ouvi essa música tocar na rádio hoje! Rimos litros, só não entendo porque não emplacamos de imediato a carreira de compositoras.  O Polegar estaria na ativa até hoje, se dependesse do nosso marketing...
A vida de compositoras não nos satisfez: inventamos de participar, como dupla, de um concurso local de música tradicionalista gaúcha. Para surpresa geral da nação, fomos selecionadas e nos apresentamos na noite principal do evento! Mas no palco caiu a ficha e o fiasco foi total: tudo que deu certo na fase seletiva faltou na noite de apresentações, só não fomos vaiadas porque o povo joiense – quem reside em Jóia, nossa cidade natal - é muito  educado. Melhor continuarmos compondo para o Polegar...
Quem olha para um passado tão vasto de lembranças, não acredita num presente infrutífero no solo de nossa amizade. Como permitimos?! Como dupla sertaneja que não deu certo, seguimos cada uma para um lado, em carreira solo.
Duvido, porém, que façamos tanto sucesso quanto fizemos juntas! Duvido que, em algum outro momento de nossa vida, tenhamos juntado tantos amigos a nossa volta como naquela tarde de junho em que tomamos posse da parte central da praça de São Pedro e determinamos: ninguém passa por aqui sem cantar um Blues! Fomos ousadas, no fundo acreditávamos que seríamos linchadas. Mas, ao invés disso, terminamos a tarde com uma plateia cantante ao nosso redor, uníssonos no mesmo convite a todos que passavam.
Tínhamos 10 anos, no máximo 12. Temos mais de 30 agora. Onde ficaram os 20 anos que nos separaram?! Neste Dia do Amigo, eu gostaria muito de saber. Ainda te amo, Valdéris!

Suzy Rhoden

34 comentários:

  1. Limerique

    Se existe uma coisa tão querida
    Que desperta alegria incontida
    É alguém da nossa infância
    Que se tornara ausência
    E agora retorna à nossa vida.

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    1. Jair, o termo 'alegria incontida' descreve bem a felicidade dos reencontros, especialmente quando muitos anos se passaram sem notícias da pessoa amiga. Obrigada pela presença!

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  2. Lindas lembranças e que maravilha uma amiga DE ALMA AsSIM! iSSO É RECONFORTANTE DEMAIS,

    Esses anos que passaram nem fazem a diferença pois os papos seriam retomados como se nada as separasse. ACHO ISSO LINDO!!!

    BEIJOS PRAIANOS( COM OS PÉS ESTUPORADOS DE TANTO ANDAR,RS) chica

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    1. Chica, você está andando por nós, gaúchos, sem férias nesta época do ano, que não temos coragem de andar até a esquina devido ao frio! rsrsrs Então aproveite tudo que as praias nordestinas tem de bom a oferecer. Agradeço por, mesmo nesta época, guardar alguns minutinhos para visitar-me no blog. Beijos!

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  3. Querida, hoje os amigos merecem homenagens especiais, pois é o seu dia.
    “O verdadeiro amigo não é aquele que está com você todos os dias mas, sim aquele que, quando você está no chão ele te ajuda a levantar e diz que sempre que precisar ele vai estar do seu lado”.
    Que você tenha verdadeiros amigos, anjos sem asas, tesouros que não tem preço.
    Na vida Deus me presenteia com grandes amigos, reais e virtuais, todos importantes na minha vida.
    Que bom que posso te chamar e te sentir minha amiga.
    Abraços com carinho e desejo de felicidade.
    Lourdes Duarte.

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    1. Obrigada, Professora! Um feliz dia para você também, beijos.

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  4. Suzy, também queria uma resposta para esses 20 anos ou mais ( no meu caso )...
    Um lindo post para os amigos que estão distantes.
    Beijo!

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    1. Ana Paula, acho que em maioria dos casos não há resposta e nem há um porquê. Simplesmente vamos seguindo nosso caminho, sem nos darmos conta de que o outro foi para outras bandas... e quando percebemos, já se passaram 20 anos!!!

      Beijo, minha querida.

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  5. Boa noite, minha querida Suzy!

    Às vezes acho muito chato isso de amigos que se perdem sem precisar. Esse afastamento esquisito de quem se tornou estranho depois de muita intimidade.
    Mas, ao mesmo tempo, também penso que certos amigos, colegas, conhecidos, são próprios de uma época: não caberão logo adiate. Talvez mais tarde, lá no futuro que não chega!
    Esse pensamento me consola, ao menos.
    Bom é sentir, dentro do nosso coração, que ainda os amamos como no passado. E será que não os amamos exatamente por isso, por fazerem parte de um passado afetivo que faz tão bem lembrar? Não sei.
    Sei que gostei muito do que li: visitei-me com amigas do passado. Umas que nunca mais vi, outras que afastaram-se embora continuem tão perto, outras que reencontrei, busquei e não me permitiram a volta às suas vidas. Continuemos. É que vem mais gente boa chegando. E tem que ter espaço!
    Bjssssssssss, quérida, Deus a abençoa!

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    1. Também acho esquisito, Cléa! Como pode?! Uma amizade assim não deveria ser pra sempre? No fundo, acho que a amizade permanece mesmo, nunca se perde, a intimidade é que se vai... não entendo bem porquê. Mas, concordo plenamente com o espaço necessário para os bons amigos que ainda estão por chegar: há sempre mais gente de bem entrando para nossas vidas!

      Meu carinho por ti, beijos, beijos!

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  6. Oi, Suzy! Pois é, guria, na tua crônica chamada 'Reencontros', postei minha perplexidade de como pode uma amizade que pensamos ser para sempre, a maior amizade do mundo, ser esquecida assim...Lembra?
    Também eu, tive tantas riquezas na infância e adolescência que sinto muito as coisas se distanciarem dessa forma. Mas não atribuo nada à elas ou a mim, e sim à própria vida que traça seus caminhos. Mas você não encontraria a Valdéris no Face? Nossos caminhos cruzam e descruzam, e é pena. Essa sua amizade foi muito forte, bonita, cheia de encantos incríveis...Caso reencontre a Valdéris, me avise. Pode ter o segundo capítulo... E envie essa crônica pra ela!
    Adorei!
    Grande beijo pelo dia do amigo!


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    1. Tais, penso que foi justamente 'aquele' reencontro que me fez despertar para outros que eu gostaria que acontecessem... Mas não sou muito dramática, sabe, entendo essas fases da vida da gente. Tem coisa que acontece para ficar guardada nas crônicas, eternizada, e não para se repetir dia após dia. Afinal, muitas coisas vão mudando com o passar dos anos, a gente muda principalmente. Ainda assim, eu adoraria uma reaproximação. Qualquer novidade no 'caso', te aviso sim! rsrsrs

      Beijos

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  7. Oi Suzy :)
    Demorei aceitar que existem amigos queridos,maravilhosos e especiais,
    que caminham conosco somente por algumas estações.
    Depois de um certo tempo,cada um segue seu caminho,e nos restam apenas
    recordações e saudade...
    Amei ler mais uma crônica fascinante.
    Bjs querida amiga \o/

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    1. Clau, acho que sou uma pessoa resignada nesse aspecto, sabia? Não sofro com isso, não faço drama, mas de vez em quando me pego com saudades e transformo minha nostalgia em crônica. No fundo, acredito que belas amizades permanecem para sempre. Ou seja, mesmo que nunca mais nos falemos, o passado foi LINDO e valeu integralmente a pena!
      Obrigada por seu imenso carinho, amo você por aqui! Beijão.

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  8. Linda imagem, viagem, recordação, emoção...
    Boa pergunta: onde se enfiam tantos anos, como estão tão distantes e tão ao alcance?
    Meu carinho e amizade a distância

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    1. Tina, está aí a questão! Não se trata de uma amiga fisicamente distante, na vida adulta estivemos a poucos quilômetros uma da outra, mas mergulhadas em mundos diferentes... Por que isso? Não sei. Talvez a responsável por tudo tenha sido eu, difícil saber... A parte boa é que nada corrompe os anos vividos de uma infância plenamente feliz, com recordações maravilhosas para trazer a mente sempre que bater a saudade!!!

      Sua amizade à distância é preciosa, você sabe! Beijoooooo.

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    2. Pois é, isso ocorre muito, foi isso que eu quis dizer, já passei e já refleti sobre.
      Pessoas distantes mtas vezes estão perto (vemos em eventos, cruzamos com elas na rua e elas moram a mil ruas distantes...) e pessoas que estão perto (vizinhas de escritório, de porta, de rua...) ficam tão distantes e acho que td que envolve mais de um, tanto o êxito qto a culpa é compartilhada.

      A parte e dentro do tema, lembrei de um poetar:

      "DIA CLARO,
      VENTO SERENO,
      RODA, MEU CARRO,
      QUE O MUNDO É PEQUENO

      DIA CLARO,
      VENTO MARINHO,
      RODA, MEU CARRO,
      QUE É CURTO O CAMINHO

      DIA CLARO,
      DE ONDE E DE QUANDO?

      RODA,MEU CARRO,
      POIS VAMOS RODANDO"

      Cecília Meireles

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    3. Lindo poetar!!! Adoro Cecília Meireles, amei sua inspiração ao compartilhar tão belos versos aqui!!! Beijão.

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  9. Suzy, essa sua postagem é muito real e por muitas vezes nos culpamos porque "largamos" os nossos amigos íntimos.
    Com certeza sua explicação ajuda muito a realidade das coisas. O importante é estar sempre disponível e com aquela reservinha para o(a) amigo(a) no coração.
    Adorei sua postagem e gostei muito do comentário que você fez lá no meu blog.
    Bjs
    Manoel - Blog do Óbvio

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    1. Obrigada, Manoel! Eu é que agradeço o privilégio de sua presença aqui, um forte abraço!

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  10. Oi Suzy
    Obrigada pela visita e comentário.Sua mensagem faz-nos recordar de amigas de infância que perdemos contato.E que nos alegraria tanto em reve-las.
    Obrigada por compartilhar um sentimento de lealdade e amizade bonita.Comungo contigo do mesmo desejo e saudade das boas amigas.
    deixo um abraço e que sejamos amigas mesmo distantes.

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    1. Gosto da ideia da amizade à distância, aqui no blog tenho encontrado pessoas muito especiais! Esse ir e vir da blogosfera enriquece bastante e cria laços :)
      Bom demais tê-la aqui, beijo grande!

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  11. Que lindo texto Suzy, uma delícia de ler! Não dá mesmo para entender como duas amigas se distanciam assim sendo que eram tão próximas, mas isso é mais comum que você pensa. Há pouco tempo encontrei uma amiga de infância numa rede social, éramos inseparáveis e muito parecidas no jeito de ser, porém foi uma decepção descobrir a pessoa na qual ela se transformou, que tristeza isso me ocasionou! E fazer o quê? Melhor nem tentar entender!

    Beijos

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    1. Verdade, é bem comum! E em todas as fases da vida... Se eu for escrever para todas as melhores amigas que tive, isto aqui vai virar um diário! rsrsrs
      O reencontro é maravilhoso, porém corremos o risco da decepção: quando não reconhecemos a pessoa de quem fomos tão próximas, tão íntimas! Uma pena. E, de fato, melhor nem tentar entender e respeitar as escolhas - por piores que elas nos pareçam!

      Beijos, queridona!

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  12. Suzy querida,

    Que leitura agradável você me proporcionou com esta bela crônica.
    Você é cheia de talentos, hein?
    Adorei esta sua viagem no tempo.
    Há amizades assim mesmo, que duram apenas uma estação, mas com tanta intensidade que se eterniza em nós, independente de uma reaproximação.
    A própria vida se encarrega de separar os caminhos, talvez porque a finalidade desta amizade já tivesse se esgotado.

    Beijossssss.

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    1. Vera Lúcia, você achou talentos aí? rsrsrs Que nada, sou apenas uma aspirante a escritora e uma compositora e cantora frustrada! rsrsrs
      Concordo integralmente com você no assunto do texto: até mesmo aquelas 'amizades eternas' que duraram na prática apenas uma estação da vida tem seu valor, servem de inspiração para nossa escrita, despertam sempre doces lembranças e são a certeza de tempos bem vividos!
      Adorei o que você falou sobre a finalidade dos relacionamentos... Talvez seja isso mesmo!

      Beijos, querida!

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  13. OI SUZY!
    TÁ AÍ...
    TEU TALENTO NASCEU CONTIGO,JÁ O DEMONSTRAVAS EM CRIANÇA CRIANDO PARÓDIAS E ACREDITO SINCERAMENTE NISSO, É ASSIM MESMO O TALENTO VEM JUNTO SÓ QUE EM CRIANÇA O DEMONSTRAMOS EM VÁRIAS ÁREAS, ATÉ QUE SE TOMA UM CAMINHO POR ESCOLHA. (TALENTO)
    TOMARA QUE ESTA AMIZADE POSSA SER RETOMADA, VCS, SÃO ALMAS GÊMEAS, PENA QUE A VIDA MUITAS VEZES AS SEPARA, COMO FOI O TEU CASO.
    ABRÇS

    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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    1. Lani, você é incrível: mal chego em sua página, e você já retribui a visita aqui na minha!!!
      Pois é, também percebo que os talentos 'brotam' na infância, mas florescem e frutificam na vida adulta, quando através das escolhas vamos priorizando um caminho. Que bom saber que me considera talentosa na escrita, obrigada minha amiga!
      E tomara, sim, que nossa amizade possa ser retomada. Num outro estágio, talvez, mas ainda assim uma bela amizade. Beijão!

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  14. Amigos não importa aonde eles estejam, são sempre amigos.
    Beijo Lisette.

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    1. Perfeito! A amizade é uma espécie de amor que nunca morre, já dizia Mario Quintana...

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  15. Para uma amiga distante e escritora:
    http://blogdtina.blogspot.com.br/2013/07/pelo-dia-do-escritor.html

    Meu carinho e cantos de passarinhos \o/

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  16. Suzy, (abrindo mais um parênteses nas minhas férias de blogueira rsrs), vim lhe contar que compartilho desse sentimento de nostalgia referente a amigos que ficaram lá no meu passado, apenas como parte da minha infância e juventude, e não parte do meu dia a dia atualmente.

    Reencontrei muitos, é verdade. Ou melhor, a maioria deles me reencontrou pela busca na internet (talvez pelo meu sobrenome incomum, ou talvez porque gostavam mesmo de mim rsrs). O fato é que hoje me relaciono com muuuuuitos, e é por isso que ‘abençoo’ o Facebook e o falecido Orkut kkkkk, porém ainda existem outras amigas que gostaria muito de reencontrar: amizades sinceras e verdadeiras das quais jamais me esquecerei!

    Reconheço, entretanto, que boa parcela de culpa me cabe nesses afastamentos. Mas, assim é a vida, ela vai nos levando por caminhos desconhecidos, casamos, temos filhos, mudamos de endereço... E quando percebemos, se passaram décadas!

    Linda essa sua homenagem a uma amiga! Felizarda ela por ter tido vc como amiga! Tomara que essa crônica chegue até ela de alguma maneira. Se eu fiquei extremamente tocada, imagino ela!!

    Eu já tinha lido essa crônica quando vc postou e fiquei tão emocionada, que ‘corri’ procurar por uma grande amiga do passado que eu a descreveria quase igual vc descreveu a Valdéris. E adivinha... EU ENCONTREI!!! Qualquer dia eu tbm vou escrever sobre a ‘minha’ Terezinha.

    Um beijo enorme pra vc com todo meu carinho!!

    Ps: quase todos os comentários que vc viu naquela foto, da casa onde nasci que postei no Face, são de amigas que me reencontraram... Isso não tem preço!!

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    1. Sueli, falamos a mesma língua!!!

      Eu é que fiquei emocionada agora, ao saber que meu humilde texto motivou seu reencontro com a Teresinha, que lindo!

      Coincidentemente, ontem recebi recado (via Facebook) de uma amiga que atualmente é colega de trabalho de uma amiga lá dos meus 14 anos, a qual havia sumido completamente do mapa! Ela perguntou de mim e pediu para a Ju nos colocar em contato e, para a coincidência ser maior ainda, estou indo passar o fim de semana justamente na cidade onde ela mora!!! Este mundo não é pequeno e maravilhoso? Acho que os afastamentos existem só para algum dia vivermos a alegria do reencontro, é tãooooo bom! rsrsrsrs

      Pelos mesmos motivos, tenho muito a agradecer e pouco a reclamar da tecnologia, reencontrei e mantenho contato atualmente com muitos amigos queridos, graças a internet!

      Brigadinha por vir, por contar sua experiência e me encantar com esse seu jeito lindo de ser. Beijões!

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